Twitter: relatório indica que 60% dos usuários querem que as marcas se posicionem sobre política

Pesquisa que analisa as atitudes das pessoas no Twitter e a evolução do comportamento da marca. (Foto: Photo Mix/Pixabay/Reprodução)

    O Twitter lançou um relatório para saber sobre o que as pessoas pensam sobre as marcas presentes na rede social. De acordo com a plataforma, 60% das pessoas pesquisadas querem ouvir das marcas discussões sobre política; 48% das pessoas concordaram que é mais importante agora que as marcas apoiem certos aspectos econômicos, sociais, políticos ou questões culturais, mesmo quando a questão não os afeta diretamente, se comparado com um ano atrás; e outros 80% pesquisados falaram que não se importam com a promoção de marcas na plataforma, desde que seja de “forma útil, divertida e informativa”.

    "Cada vez mais descobrimos que as pessoas são espertas quando as marcas estão ou não estão atendendo a essas expectativas. Elas chamam a atenção quando as marcas estão explorando uma situação de forma insincera. Mas isso não significa que elas se importam em ser vendidas, apenas desde que a marca a torne interessante", diz um trecho do relatório.

    
    O estudo, chamado #RealTalk, disponível em inglês, é inédito e analisa as atitudes das pessoas no Twitter, além da evolução do comportamento das marcas. Foram identificados tendências em atitudes sobre como as marcas se comportam, através da análise de mais de 5 mil tweets, no período de 1º de junho de 2020 a 1º de março de 2021, em diversas regiões. Uma parte do estudo também considerou a análise dos tweets publicados por 20 marcas globais, considerando os últimos três anos.

    A pesquisa compreendeu a América do Sul, no Brasil; América Latina, no México; América do Norte, Canadá e Estados Unidos, e países da Europa, Espanha, França e o Reino Unido; e no oriente, no Japão.

    O estudo também apontou que somente no ano passado, conversas dos usuários com marcas subiram dois dígitos, num comparativo entre 2020 vs 2019, no contexto dos Estados Unidos. Sendo +20%, +23% tweets, +35% quotes tweets, e +44% replies. Os dados são de 1º de janeiro de 2019 até a mesma data em 2021.

    Segundo os resultados gerais do relatório, as pessoas estão participando ativamente da conversa com as marcas porque elas estariam "contribuindo para o prazer de usar o Twitter". O estudo revela que 7 em cada 10 pessoas entrevistadas concordam com a afirmação: "'Brand Twitter' é uma das melhores partes do Twitter".

    O relatório aponta que os usuários do Twitter estão cansados do formato padrão de todas as campanhas de marcas, que consistem em logos, chamadas para ação, e divulgação de datas. Para avaliar essa situação, os cientistas criaram um "teste de marca cega", selecionando uma variedade de tweets de marcas proeminentes de todo o mundo em indústrias similares. "Removemos qualquer marca identificável, como nomes, logotipos, palavras-chave e hashtags. Em seguida, pedimos às pessoas que tentassem adivinhar qual a marca autora do Tweet que estavam vendo", explica o relatório.

 Somente uma em três pessoas acertaram o questionário, que tinha cinco opções. A pesquisa aponta que as marcas usam as mesmas palavras-chave exclusivas, o mesmo comprimento de tweets e os mesmos arquétipos de marca.

Outros resultados
    Quando os pesquisadores perguntaram às pessoas para usar uma palavra para descrever marcas no Twitter, em cada um dos países analisados, as pessoas disseram que as marcas eram "divertidas" ou "engraçadas". O estudo aponta que as pessoas não querem marcas que dependem apenas do humor, mas sim, que se abram para outros assuntos com propósito. No estudo, por exemplo, 8 em cada 10 pessoas entrevistadas concordam que o Twitter de uma marca conta deve refletir a diversidade de seus clientes.

    83% dos pesquisados disseram não se importar quando uma marca se dirige a eles como parte de uma "comunidade específica nas mídias sociais". Segundo o relatório, a audiência recebe bem as marcas que se dirigem a eles como parte de uma comunidade específica, desde que isso seja feito respeitosamente. O estudo considera que isso dá ainda mais importância à necessidade de que os marqueteiros priorizem diversas equipes que reflitam a base de seus clientes.

    "Seja para alguns, não para todos. Se você fala com todos, você não fala com ninguém. E como já vimos, as comunidades no Twitter nunca foram tão vocais, apaixonadas... e, é claro, específicas", diz o texto final do relatório do Twitter.

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