O metaverso será um sistema interconectado que transcende as fronteiras nacionais. (Foto: Meta Quest/Reprodução) |
Nessa lógica, o piso térreo do metaverso está sendo construído em cima de tais protocolos. “Essa é a camada intermediária onde plataformas, instituições e outras redes vão criar o universo de produtos que compõem os mundos 3D do metaverso”, completa.
Clegg conta que no primeiro andar do metaverso será possível acessar a tecnologia como usuário e onde grande parte das experiências estará disponível. “Os usuários do Quest [óculos de realidade aumentada], por exemplo, podem acessar o metaverso por meio de aplicativos sociais de realidade virtual como o Horizon Worlds. Aplicativos e experiências darão suporte à capacidade dos criadores de desenvolver uma infinidade de espaços”.
Do ponto de vista dos impactos econômicos, estima-se que a economia global do metaverso pode valer mais de US$ 3 trilhões de dólares globalmente em uma década, segundo um estudo produzido pela consultoria econômica independente Analysis Group para a Meta.
O Metaverso será como a Internet?
O presidente de assuntos globais da Meta ressalta que assim como a internet de hoje, o metaverso não será construído, operado e gerido por somente uma empresa ou instituição. Em sua visão, serão necessárias várias empresas grandes e pequenas, a sociedade civil, o setor público e milhões de criadores individuais.
“O tema comum nesses andares é a interoperabilidade. A interconexão de padrões, sistemas e aplicativos que permitem que as pessoas transitem sem problemas entre uma parte do metaverso e outra. Essa interoperabilidade não é absoluta, pois nem todos os elementos das experiências do metaverso precisam ser, ou serão, compatíveis com os outros. Mas sem um grau significativo de interoperabilidade embutido em cada andar, o metaverso se tornará fragmentado e dividido em silos, cada um impenetrável e separado do outro”, finaliza.
Diante deste cenário, desafios sociais, éticos e de governança envolvendo o metaverso já estão surgindo. A Meta explicou que para este caso, o Fórum Econômico Mundial examinará questões sobre equidade, inclusão e acessibilidade, privacidade e segurança, oportunidade econômica e interoperabilidade, criando uma "rede de instituições interessadas em contribuir com a criação de melhores práticas e princípios de governança".