Veículos de imprensa fazem reflexões sobre a situação dos jornalistas profissionais. (Foto: TV Globo/Reprodução) |
No Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, comemorado nesta terça-feira (7), o Jornal Nacional, um dos principais jornais televisivos do país, começou em silêncio. Os apresentadores, Heraldo Pereira e Renata Vasconcellos, ficaram por cerca de 1 minuto sem falar durante os instantes iniciais. Em uma legenda na tela, o jornal exibiu a mensagem "o silêncio incomoda". A atitude dos âncoras chegou ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter e teve grande repercussão no Instagram.
A TV Globo, através de seus perfis nas mídias sociais, explicou o gesto. “Hoje é terça-feira, 7 de junho, Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. Esse nosso gesto é para lembrar a importância desse direito fundamental para a democracia”.
De acordo com um levantamento feito pela organização Repórteres sem Fronteiras, o Brasil está na 110º posição em ranking mundial liberdade de imprensa. O estudo, que avalia a liberdade dos jornalistas para desempenhar seu papel profissional, pesquisou 180 países, e a posição do Brasil é considerada ruim.
Outro dado com péssimos indicadores é o do Relatório de Violações à Liberdade de Expressão no Brasil, divulgado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Nele, aponta que, só no ano passado, houve 145 casos de violência não letal contra profissionais da imprensa e veículos de comunicação.
Confira o vídeo:
Campanhas
Um consórcio de veículos de imprensa formado pelos "g1", "TV Globo", "GloboNews", "O Globo", "Extra", "Valor Econômico", "CBN", "Estadão", "Rádio Eldorado", "Folha de S.Paulo" e "UOL", se uniram em uma ação que reforçar a importância do acesso à informação de qualidade pela sociedade.
Segundo o consórcio, a campanha busca defender a integridade dos jornalistas profissionais, que sofrem, cada vez mais, com ataques e ameaças no exercício da profissão.
Neste dia, todos os jornais impressos e sites do consórcio publicaram um anúncio de página inteira e uma tarja preta no alto de suas capas, com o texto “Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. Uma campanha em defesa do jornalismo profissional”.
Entenda a data
No dia 7 de junho de 1977, há exatos 45 anos, aproximadamente 3 mil jornalistas assinaram um manifesto que exigia o fim da censura e instauração de uma imprensa livre no Brasil. O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, por sua vez, é comemorado no dia 3 de maio. A data homenageia o ex-diretor de jornalismo da TV Cultura, Vladimir Herzog, que um ano e meio antes do ato, ainda em outubro de 1975, foi torturado e assassinado por agentes de repressão do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão utilizado para cercear a liberdade da imprensa durante a Ditadura Militar (1964-1985).
No dia 7 de junho de 1977, há exatos 45 anos, aproximadamente 3 mil jornalistas assinaram um manifesto que exigia o fim da censura e instauração de uma imprensa livre no Brasil. O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, por sua vez, é comemorado no dia 3 de maio. A data homenageia o ex-diretor de jornalismo da TV Cultura, Vladimir Herzog, que um ano e meio antes do ato, ainda em outubro de 1975, foi torturado e assassinado por agentes de repressão do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão utilizado para cercear a liberdade da imprensa durante a Ditadura Militar (1964-1985).
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